GERMANO PEREIRA (LUCAS)
É um ator brasileiro, em “Passione” faz sua estréia em telenovelas. Ator de teatro, atualmente em cartaz com o espetáculo “Fica Frio” participou de produções em sua cidade-natal, no cinema participou dos filmes “Topografia de um Desnudo” “O menino da Porteira” “Bruna Surfistinha” em, Os Olhos da Janela protagoniza a trama com o personagem Lucas, um homem jovem, muito bonito, bancário, casado, apaixonado por Mabel, mas não tem coragem de assumir um relacionamento com ela. Quando estão juntos, Lucas a trata com carinho e respeito, para se sentir menos culpado e covarde. Lucas não imagina que Mabel guarda um segredo, por saber que jamais seria capaz de assumi-la ao seu lado.
Como surgiu o convite para o filme Os Olhos da Janela, e as primeiras conversas com o cineasta Bruno Saglia sobre o personagem?
O convite veio a partir de Bruno indo procurar minha empresária, Candida Colucci. Ela me disse do projeto e achei super interessante logo de cara. Quando comecei a conversar com o Bruno, tudo se confirmou. Era uma idéia bem interessante, apesar de muito feita, mas com um cuidado diferente. Não é uma pretensão de recriar a roda, mas de olhar com um olhar particular e sensível pra este tema. Que tem o objetivo principal de lidar com as diferenças, o preconceito, o status, aquilo que queremos representar para a sociedade e para nós mesmos.
Como você definiria o Lucas do filme? Inseguro e apaixonado ou apenas um rapaz tentando preencher uma espécie de vazio interno?
O Lucas é esse personagem que está “lidando”, diria melhor, se “confrontando” com essas fronteiras psicológicas. Um testa de ferro, e que no caso é o testado. É uma ponte que liga a estes mundos. Ou bem ele assume o seu eu verdadeiro, que é a paixão por uma mulher que lhe dissecaria dos bens superficiais da sociedade moderna, e a trataria como um ser humano;
Ou ele ignora uma parte de seu eu, e escolhe se castrar, para viver aquilo que seria mais fácil diante da sociedade - Não assumir que uma garota de programa seja a sua mulher!
Então, o personagem trafega diante de incertezas que vão se resolvendo somente no tempo, como num processo de maturação da sua própria identidade. A idade é da razão.
Como foi trabalhar com o Cineasta Bruno Saglia? Você chegou a sugerir modificações no perfil do Lucas?
Trabalhar com Bruno foi muito gratificante porque ele tem qualidades que eu admiro num diretor. É inteligente e sensível. Olha no olho quando dirige, escuta, percebe, pergunta, desenvolve junto, sabe que o todo é um conglomerado de criações. E não uma ditadura unilateral.
Ser famoso pode atrapalhar o processo de interpretar um personagem no cinema?
Pode e não pode. Isso depende de como o ator trabalha o seu olhar diante disso. Devemos usar a imagem a favor. E a imagem tem um “poder”. Então, expressar isso e estar aqui nesse momento falando sobre o personagem, detalhando características psicológicas dele e do filme, é um lado positivo do poder da imagem. Ser famoso é também ser praticamente íntimo, literal e simbolicamente. Faz com que nos sintamos na Grande Família. Isso é positivo. E se me perguntar o que estou fazendo agora? Direi, pensando nos meus personagens, nas histórias, no Lucas, em Olhos da Janela. Lendo Freud pra entender um pouco mais de nosso mundo. E direi pra você, vamos juntos? Nem que cada um na sua?
Porque a história do Lucas e Mabel desperta tanto fascínio? Quais são os componentes que a torna tão atraente a ponto de chegar ao cinema?
Porque é uma 'história recorrente. Conta um pouco da vida de cada um de nós, pois não é somente uma garota de programa e um cara que não sabe se assume ou não seu amor. Mas a história do impasse, da transcendência, da luta interna, da construção da personalidade, do caráter, da sobrevivência, e principalmente, do amor. E meu irmão, isso todos nós vivemos todos os dias. Não venha me dizer que não, pois eu não vou acreditar em você. Porque eu vou te dizer que eu acredito no amor. Eu acredito na história de Lucas e Mabel.
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