terça-feira, 12 de julho de 2011

A atriz Christiana Kalache que interpreta a personagem Olga no filme Os Olhos da Janela, nessa entrevista ela fala sobre o trabalho.



CHRISTIANE KALACHE (OLGA) 
Atriz brasileira atuou e diversas novelas (Tititi/ Cobras e Largatos/ América/ O Clone), estreou no cinema em 2001 em Lavoura Arcaica, em Os Olhos da Janela Christiana interpreta Olga, assim como toda mãe, quer proteger a filha de um mundo que ela não poderia lhe proporcionar, mediante a crise que o Brasil está vivendo na década de 90, acaba privando Mabel de vivenciar os contatos e as experiências com o mundo exterior, Olga morre por não suportar a fome, e esse fato marca pra sempre a vida de Mabel e sua personalidade.



Chistiana, você que é uma atriz que interpreta diferentes personagens na tv, no teatro, no cinema, você utiliza ferramentas específicas para construção do seu personagem?
Gosto sempre de pensar em qual contexto o personagem está inserido, qual é o universo que ele habita e a partir daí, ver filmes que tenham a ver com esse universo, ler livros, ver imagens, músicas, enfim, me alimentar desse universo pra criar o personagem. Qual é o estado emocional dele, qual é a frequência de energia que ele vibra, enfim gosto de criar uma vibração pro personagem e a partir daí deixar ele me levar, me deixar fazer através deles.  


A personagem Olga já surge no filme carregado de emoção, em consequência do momento datado no período Collor, como foi encontrar o tom exato para sua interpretação que ficou tão sensível?
Parti disso que respondi na primeira pergunta, junto com as indicações do diretor, tentando traduzir o que eu entendi que o diretor queria do personagem e dando a minha contribuição. 


Você consegue desconstruir seus personagens quando o trabalho termina e assim que o diretor diz corta! Ou ainda eles ficam permeando até você iniciar uma nova composição?
Assim que o diretor diz corta pra mim acabou, acho que atuar é quase uma brincadeira de criança; uma criança diz pra outra, eu sou o rei e você é a rainha, e imediatamente elas acreditam que são reis e rainhas, até mudarem de brincadeira. Quando o diretor diz corta, acho que é hora de mudar de brincadeira.


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